O câncer de mama foi o principal assunto abordado durante a última reunião do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, realizada na noite de terça-feira (11/06), na sede da Prefeitura Municipal. Cerca de 50 mulheres participaram do encontro, que teve à frente a presidente do conselho, Luciane Bomtempo.
O número de exames mensais realizado pelo mamógrafo inaugurado em 15 de abril no Hospital Alcides Carneiro também foi destacado. Até a data da reunião, mais de 170 atendimentos foram feitos e não há demanda reprimida. “O aparelho foi encontrado abandonado e encaixotado numa das salas do HAC há três anos”, lembrou Luciane, que também ressaltou a importância da conscientização das pessoas para a realização do exame.
Uma das ações de conscientização prevê o início de um projeto de divulgação dentro das escolas. “Assim, estaremos garantindo que as próprias crianças levem essas informações para casa, como agentes multiplicadores. Com o diagnóstico mais rápido, a pessoa tem mais tempo para se dedicar aos tratamentos”, salienta a presidente do conselho.
A mastologista Marilda Vargas Freitas Plácido e o radiologista Carlos Eduardo Almeida, da Fundação do Câncer, participaram da reunião e falaram sobre a importância do diagnóstico precoce, a tecnologia e modernização dos aparelhos, garantindo a qualidade dos resultados de exames.
“O câncer de mama é a segunda doença que mais mata em todo o mundo. No Brasil, a maior incidência está no Rio de Janeiro. As mulheres precisam se conscientizar da importância da mamografia, mas muitas têm medo de ouvir o diagnóstico”, disse a mastologista, que explicou ainda os tipos de câncer, o que é a doença, fatores de risco e tratamento.
O radiologista Carlos Eduardo Almeida também explicou a “Lei dos 60 dias”, que entrou em vigor no último dia 23 de maio. “Ela assegura a pacientes com diagnóstico de câncer o início do tratamento em até 60 dias. Em Petrópolis, no entanto, não temos problemas nesse sentido”, disse o radiologista. “Um equipamento de má qualidade, além de problemas na imagem, podem trazer falsos resultados. Um laudo ruim, como um falso negativo, por exemplo, impossibilita que os tratamentos necessários sejam empregados de forma precoce. Essa demora causa o agravamento da doença”, completou.