Além de todo o caos encontrado na saúde, em janeiro, uma dívida de R$ 2,4 milhões deixada pelo governo anterior também terá que ser assumida pelo prefeito Rubens Bomtempo. A quantia se refere à falta de pagamento, durante seis meses, de um contrato de R$ 400 mil mensais, para os serviços de urgência e emergência a acidentados prestados pelo Hospital Santa Teresa. O atendimento não será suspenso, mas a unidade de saúde está solicitando a quitação do débito.
É um serviço de alta complexidade e o atendimento prestado pelo HST é fundamental e de extrema importância. A unidade recebe, principalmente, politraumatizados, o que envolve internações no CTI, Centro Cirúrgico e outros setores de imagem e diagnóstico. Mas, apesar de se tratar de um tema tão sério, foi deixado de lado e os pagamentos suspensos durante todo o segundo semestre de 2012, lamenta o prefeito Rubens Bomtempo, destacando que os pagamentos foram retomados em janeiro, tão logo assumiu o governo.
Uma reunião entre a direção do hospital e o chefe do executivo acontece nessa sexta-feira. O Prefeito entende que não é qualquer hospital que tem a capacidade de prestar um serviço como o nosso. A população pode ficar tranqüila, pois não temos a intenção de parar de atender essas pessoas, mas precisamos que esse débito seja quitado e estamos confiantes, disse Vinicius Tadeu de Oliveira, diretor do HST.
O HST presta um serviço imprescindível ao município e estarei junto com o prefeito nessa reunião com o objetivo de tentar chegar a um acordo e quitar essa dívida, salienta o secretário de Saúde André de Sá Earp.
Mensalmente, o hospital recebe uma média de 120 acidentados, levados pelo Corpo de Bombeiros ou ambulâncias da Concer concessionária que administra a Rodovia BR-040. A maioria dos pacientes chega à unidade em estado gravíssimo, como por exemplo, o caso do rapaz que se feriu acidentalmente com um arpão no olho, cujo tratamento pode ultrapassar a marca de R$ 30 mil.
Em julho do ano passado, os pagamentos simplesmente deixaram de acontecer e, além da então secretária de saúde, não conseguimos mais contato com o governo. Ficamos durante seis meses na expectativa, até que o mandato chegou ao fim e ficamos sem qualquer resposta, lamenta.