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Segunda, 06 Mai 2013 09:42

Bomtempo faz prestação de contas no ComSaúde

Em respeito ao órgão histórico e deliberativo para as questões de saúde pública do município, o prefeito Rubens Bomtempo compareceu à assembléia ordinária do Conselho Municipal de Saúde, realizada na última terça-feira, e fez uma prestação de contas de 100 dias de governo na área de saúde. Além de listar as principais ações realizadas, que totalizam R$ 28 milhões de investimentos no setor, o prefeito destacou a judicialização da saúde e iniciou o debate sobre os atendimentos de urgência e emergência na cidade, explicando as últimas ações adotadas. “Fomos obrigados a publicar um decreto para que o município retomasse a administração do HAC, um modelo que foi amplamente criticado por este conselho. Com poucos meses de governo também tivemos que mudar a nossa estratégia para a saúde porque outro poder acha inadequado”, comentou.

Ao questionar o fato do Ministério Público não ter obrigado o governo anterior a abrir os setores de UTI, Urgência e Emergência do HAC, além de não ter cobrado a intervenção do município contra o fechamento da Casa da Providência, o prefeito destacou que o governo quer trabalhar com transparência, e por isso vai recorrer da decisão até o STF.

O investimento na qualidade do atendimento nas unidades de urgência e emergência da cidade foi outro assunto debatido: “Com o HAC, a cidade tem sete urgências. Num raio de pouquíssimos quilômetros, temos a UPA do Centro, o Pronto Socorro do Alto da Serra, o HMNSE e a UPA de Cascatinha. Não precisamos de mais unidades como essas, mas sim qualificar, oferecendo um serviço cada vez melhor. Essa é a discussão que precisamos fazer aqui”.

O médico e diretor do Hospital Clínico de Corrêas, Marcos Paulo, agradeceu as primeiras ações do atual governo e defendeu a autonomia do município para cuidar da saúde. “Sem a atuação séria do prefeito Rubens Bomtempo eu não estaria mais de portas abertas. Houve um erro de comando no governo passado, diversas decisões políticas e não técnicas e hoje quem paga é o atual governo, a população e o setor, que se encontra em estado de calamidade pública desde a primeira semana de janeiro”.

Durante a reunião, o Comsaúde aprovou o pedido da Prefeitura para a abertura de mais 31 leitos na cidade. Serão mais nove leitos de UTI, dois de UTI Neonatal e outros 15 para unidades intermediárias. Agora, a Secretaria de Saúde aguarda o credenciamento das novas vagas pelo Ministério da Saúde. “Fizemos várias vistorias em diversas unidades no ano passado e já havíamos constatado a falência do setor na cidade. Esse conselho não foi omisso e tentamos de todas as formas buscar soluções junto ao governo anterior, que infelizmente nada fez”, afirmou um dos membros do Conselho, Tiago Pires.

Presente à assembléia, o secretário de Saúde, André de Sá Earp, ressaltou que a revisão do sistema de saúde é a preocupação da atual gestão: ”Precisamos de um modelo formatado numa realidade orçamentária racional. Vamos eleger prioridades e elaborar um plano de metas a ser cumprido”. Sá Earp fez uma apresentação em power point indicando os principais investimentos assumidos em 100 dias e que podem totalizar R$110 milhões do tesouro municipal até o final do ano. Também foram conquistados R$ 5 milhões em emendas parlamentares para a compra de equipamentos, entre eles, um aparelho de ressonância magnética, até então inexistente na saúde pública do município. Regularização dos estoques de medicamentos, novo mamógrafo, reabertura de 10 leitos de UTI e a absorção da demanda de maternidade, dos serviços de ginecologia, cirurgia geral, vascular e ortopédica com o fechamento do Hospital Casa da Providência, foram as principais ações listadas para a regularização dos serviços no HAC. Além disso, o Hospital Municipal Nelson de Sá Earp recebeu um novo ecocardiograma. A saúde básica também é meta do governo. Por isso, o município quer concentrar os esforços na expansão do Programa Saúde da Família, que nos últimos quatro anos ficou estagnado.

“Estamos discutindo a situação da saúde no município num ano emblemático para o setor, quando teremos uma conferência para a criação de um plano municipal para a saúde da cidade. A presença do prefeito nesta reunião de prestação de contas é emblemática. Ele se colocou à disposição não só para prestar esclarecimentos, como também para trazer discussões importantes, que não podem deixar de serem feitas”, concluiu o presidente do ComSaúde, André Pombo.