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Sexta, 10 Agosto 2012 14:18

“Os direitos das crianças e dos adolescentes” norteiam reunião entre Secretaria de Educação e Conselho Tutelar

Conhecer a realidade da rede de ensino de Petrópolis. Com esse objetivo, a secretária de Educação, Cláudia Quintanilha organizou uma reunião entre as subsecretárias e as coordenadoras de setores da Educação e componentes do Conselho Tutelar. O encontro foi realizado na sexta-feira, 10, e contou com a participação dos conselheiros Leandro Américo, Tatiana Damaceno, Marise Brand e Edinere Mello.

Na ocasião, a secretária apresentou os números da rede (matrículas, centros de educação e escolas) e explicou como funciona a didática de trabalho da secretaria e a orientação que é dada as diretoras das escolas com relação ao atendimento aluno e família.

“Trabalho na rede pública de ensino há 21 anos e passei por vários setores, inclusive na Secretaria de Educação. Por isso, acho importante que os laços de trabalho entre o Conselho Tutelar a Secretaria sejam estreitos, sempre com o objetivo de melhorar o atendimento e ajudar às crianças que passam por problemas domésticos. Tenho percebido um crescimento significativo no atendimento e planejamento da rede, principalmente no que se refere à educação infantil que é, atualmente, a nossa maior demanda, nosso maior desafio. Mesmo com os novos centros de Educação Infantil inaugurados e com os espaços reformados, ainda temos que crescer para dar conta da lista de espera e, por isso, queremos a mostrar todo o trabalho que estamos fazendo para suprir essa necessidade. Orientamos nossas diretoras a atender os pais e explicar a rotina da rede, desde à estrutura pedagógica até o dia a dia dentro das salas de aula”, disse Cláudia Quintanilha.

O assunto que norteou o encontro foi a questão das vagas para as crianças de zero a três anos. “O atendimento entre 4 e 5 anos já chega a 84% na rede, em compensação, estamos trabalhando para aumentar o número de matrículas abaixo de três anos que, apesar de não uma ser obrigatoriedade no atendimento, é nosso principal foco. Estamos nos esforçando para que todos ingressem na rede. No entanto, temos que se basear no censo e, dessa forma organizar a estrutura para que os alunos sejam atendidos o mais confortavelmente possível”, apontou Cláudia Quintanilha.

A subsecretaria de Educação Infantil, Valéria Albuquerque, explicou o porquê no aumento do número de crianças na lista de espera de vagas. “Com as novas creches e todo o maquinário e equipamento fornecidos para esses espaços, muitas mães estão tirando as crianças de unidades particulares para que elas sejam matriculadas na rede pública, já que o atendimento está sendo de ótima qualidade. Não podemos e não fazemos discriminações com relações a essa questão. O direito à educação é da criança e vamos batalhar para que todos tenham acesso à informação de qualidade”, contou Valeria Albuquerque.

De acordo com a subsecretária de Educação Infantil, o conselho que deve ser dado aos pais é o de procurar a Secretaria de Educação para formalizar o interesse de ingresso da criança na rede pública, através de cadastro.

Outro ponto que foi destaque no encontro foi a formalização da ficha eletrônica do FICAI, que permite o registro de alunos faltosos e o encaminhamento dos dados dessa criança para o Conselho Tutelar. Dessa forma, o Conselho pode acionar a família e tentar ajudar tanto os pais quanto às crianças.

“De março até agora já foram recebidas 340 casos de evasão escolar e, como as fichas têm sido preenchidas eletronicamente, os problemas estão sendo diagnosticados mais rapidamente pelo Conselho. A evasão escolar diminuiu e o trabalho ficou mais fácil porque a burocracia do papel acabou. Além disso, ao visitar as famílias, os conselheiros acabam conhecendo de perto a realidade da criança e os outros problemas que podem estar acarretando na evasão escolar”, afirmou Anderson Palma, coordenador do setor de Informática e Comunicação da Secretaria de Educação.

Para o conselheiro Leandro Américo, o encontro foi positivo. “Esse contato é interessante porque, dessa forma, podemos conhecer de forma abrangente, como funciona a rede, como a estrutura pedagógica é organizada. A aproximação também é importante porque estreita os laços e melhora o trabalho de todos nós, sempre pensando, é claro, direito da criança e do adolescente em primeiro lugar”, disse.