Durante todo o dia vários temas foram levantados. O secretário responsável pela pasta, Luís Eduardo Peixoto, abriu os trabalhos do III Fórum Municipal de Álcool e Drogas. Em seguida, a psicóloga Leandra Iglesias discursou sobre o “Álcool e o Cérebro”. Houve também palestras sobre “Esteróides e Anabolizantes”, discussões em torno das ações desenvolvidas pelos Centros de Referência em Assistência Social e no Núcleo de Integração Social, performance teatral com a Cia Teatral Teresa Scherer e grupos de trabalho.

Além disso, o presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (ABRAD), Jorge Jaber, esteve no município para a implantação da ABRAD-Serrana, que será presidida por Leandra e funcionará em parceria com a Setrac. “Isso significa que o município passa a ter uma entidade que reúne notórios saberes de profissionais de renome, inclusive internacionalmente. Poderemos avançar em diversos sentidos”, explicou Leandra.

“O primeiro passo será fazer um diagnóstico situacional do município. Saber quantas pessoas fazem uso de entorpecentes, o gênero, escolaridade e a regionalidade dos usuários é importante para traçarmos metas mais concretas e um cronograma de trabalho mais efetivo”, contou Leandra.

O Dia Mundial de Combate às Drogas foi definido em 1987 pela Organização das Nações Unidades (ONU). De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas contra a Droga, não existem números precisos de usuários das substâncias, mas segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), existem mais de 1 milhão de usuários em todo país.

Peixoto aproveitou o evento para anunciar que os especialistas que trabalham com dependentes químicos serão capacitados em cursos que visem à elaboração de projetos para captação de recursos, já no próximo mês. “É importante que o município tenha pessoas preparadas para isso. Vamos começar com o planejamento do Centro de Recuperação em Dependência Química e precisamos de técnicos que estejam aptos para isso”, explicou o secretário.

Para a estudante Mayara Castro, iniciativas como essa são importantes. “Vim com um grupo de aprendizes e tomei conhecimento de muitas coisas. É imprescindível trabalhar a prevenção, o tratamento e a reinserção social de forma articulada, já que os usuários são doentes e não criminosos. Além disso, o apoio da família é indispensável para recuperação do usuário. Valeu muito a pena vir aqui hoje”, contou Mayara.