A homenagem surgiu a partir de uma iniciativa do prefeito Paulo Mustrangi, que em novembro de 2011, através do decreto nº 678, criou este espaço cultural que não só marcará definitivamente a conduta e as conquistas do médico/cientista Peter Brian Medawar, mas principalmente a sua história.
Para o presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Gilson Domingos, a Prefeitura está disponibilizando mais um espaço cultural ao povo petropolitano. “Todos os visitantes que passarem por aqui conhecerão a brilhante trajetória deste brasileiro conhecido mundialmente. É motivo de orgulho saber que a cidade consegue produzir grandes personalidades como o Peter”, disse.
Segundo o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Leonardo Randolfo, o município é considerado um celeiro de talentos, tendo em vista que diversos nomes importantes surgiram em Petrópolis. “Primeiramente, gostaria de parabenizar o governo municipal por fazer reverência a notáveis personalidades. Percebemos que a cidade vem crescendo e tornando-se um local para ascensão de várias profissões, não só na área da cultura em si, mas também da medicina e biologia. Peter é o único brasileiro a ganhar um prêmio Nobel e isto já é motivo para Petrópolis se orgulhar”, disse.
A pesquisa foi idealizada pela Sra. Daura Rocha Barbosa de Resende, e agora está exposta em seis painéis – feitos pelo Sr. Álvaro Martinho -, onde são apresentadas informações e fotos da trajetória de vida de Peter Brian Medawar.
Para o cidadão que estiver interessado em ver de perto os painéis e conhecer um pouco mais sobre o petropolitano ganhador do prêmio Nobel, basta comparecer no Centro de Informação Turística do Parque Municipal de Petrópolis, que funciona todos os dias, de 9h às 18h.
Peter Brian Medawar
Nascido em 28 de fevereiro de 1915, terceiro filho dos imigrantes Nami Medawar (libanês) e Edith Muriel Medawar (inglesa), Peter estudou até os 13 anos de idade no Colégio São Vicente. Em 1929, matriculou-se na Universidade de Oxford, formando-se aos 20 anos de idade.
Para não interromper os estudos e pesquisas já em andamento na Inglaterra e por incompreensão do governo Getúlio Vargas, por exigência do serviço militar obrigatório no Brasil, solicitou cidadania inglesa. Aos 25 anos, quando concorreu a uma vaga para professor de Microbiologia, conquistou o primeiro lugar, tornando-se assim o mais novo professor da Universidade de Oxford. Formou-se em Bacharel e começou a trabalhar na School of Patology, onde se aprofundou nos estudos de biologia.
Durante a 2ª Guerra Mundial, esteve à frente de pesquisas médicas e científicas, orientados pelo Sir. Macfarlane Burnet, que o levaram a desenvolver suas ideias próprias a respeito do que considerava o “...gatilho da intolerância imunológica...” (descobrir os motivos pela intolerância corpórea a tecidos transplantados e à não rejeição de órgãos nos transplantes humanos).
Suas pesquisas iniciais eram sobre a rejeição aos transplantes dos tecidos da pele humana nos soldados ingleses, vindos dos campos de batalha. Com estes trabalhos, recebeu o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1960, dando início a uma nova disciplina científica: A Imunologia dos Transplantes.