Trabalho visa aprimorar sistema de monitoramento para a geração de indicadores mais precisos, que possibilitem atuação antecipada em caso de emergência

A Secretaria da Defesa Civil recebeu as equipes da Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) para análise de áreas afetadas pelas chuvas de fevereiro e março. O objetivo foi entender os perfis dos deslizamentos registrados, com foco no aprimoramento de métodos e tecnologias para o monitoramento da cidade. O Morro da Oficina foi uma das principais áreas de estudo, onde atuaram sete técnicos – 1 geofísico, 2 geólogos, 2 geógrafos, 1 físico e 1 engenheira cartógrafa – incluindo equipes operacionais de emissão de alertas de emergência.

“Passamos por graves ocorrências e precisamos estar em constante aprimoramento de tecnologias que nos ajudem atuar de forma preventiva e minimizar os impactos dos desastres que as fortes chuvas causam na nossa cidade. Esse trabalho é de grande relevância para o município”, pontuou o prefeito Rubens Bomtempo.

Ao todo, de acordo com os registros da Defesa Civil, a cidade contabiliza mais de 7,8 mil ocorrências de escorregamentos de massa e bloco. Esses registros afetaram de forma generalizada, 277 áreas com demarcação de polígonos de risco, afetando em alguns pontos, de forma definitiva áreas habitadas no município. A partir do levantamento de dados, os técnicos do CEMADEN avaliam o modelo geológico da cidade para entender as causas que justifiquem a gravidade e volume das ocorrências.

“Esse é um estudo de suma importância para que possamos aprimorar os mecanismos de monitoramento para a cidade e assim, contar com mais suporte para as ações de prevenção aos desastres”, destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers.

Com o levantamento geofísico, as equipes do CEMADEN terão condições de investigar os perfis do subsolo de áreas onde houve deslizamentos de grande porte, como no Alto da Serra. “É como se fizéssemos um raio-x em profundidade para a analisar o contraste do solo. Verificamos que a cidade tem áreas de massa (solo) mais superficial, sobreposta a rocha maciça, propícia a escorregamentos e áreas de maior profundidade, como no Morro da Oficina”, explica o pesquisador geólogo do CEMADEN, Marcio de Andrade, destacando que o trabalho conta com o apoio da FINEP.

De acordo com o técnico, em dois dias de trabalho, foi possível avaliar áreas onde houve movimento de massa mais superficial e outras de maior complexidade. No Morro da Oficina foram registrados pontos com movimento de massa em grandes proporções, chegando a atingir seis metros de profundidade. “Vamos interpretar os dados coletados para entender os desafios para fazer o monitoramento em lugares como esse e aprimorar nosso sistema de alerta”, acrescentou o geólogo do CEMADEN, que segue com a equipes em análise pela Região Serrana. Os técnicos, que se baseiam em São José do Campos, em São Paulo, também fazem o mesmo trabalho em Teresópolis.

Órgão mantém pluviômetros e estações geotécnicas para a alertas na cidade

Em Petrópolis, o trabalho das equipes do CEMADEN visa fortalecer a estrutura de monitoramento já existente. Atualmente a cidade conta com 31 pluviômetros instalados e monitorados pelo órgão, em todos os distritos – outros 19 pluviômetros são geridos pelo INEA.

O CEMADEN conta ainda com outras cinco Estações Geotécnicas instaladas nas localidades do Chácara Flora, Bingen, Quitandinha, São Sebastião e Dr. Thouzet fazem o monitoramento do impacto da infiltração da chuva no solo. Os equipamentos contribuem para o planejamento de ações de prevenção e resposta em caso de emergência, por conta de ocorrências causadas pelas fortes chuvas.

“Tendo em vista as recentes ocorrências se faz cada vez mais necessária a atualização de dados e novos estudos para o estabelecimento de novas metodologias de monitoramento, principalmente nas áreas afetadas com eventos de grandes proporções com os que tivemos. Nossas equipes estão à disposição para esse trabalho em conjunto para avançar na estrutura de monitoramento do município”, destacou a geógrafa da Defesa Civil, Eduarda Conde.

Para amanhã, o município continua com céu encoberto e possibilidade de registro de chuva fraca

O município continua com tempo chuvoso nesta sexta-feira (13) em função do transporte de umidade do oceano para o continente. De acordo com o Boletim Meteorológico da Defesa Civil, amanhã, o céu permanecerá encoberto, com chuva fraca, isolada ao longo do dia. Haverá leve declínio na temperatura que poderá variar entre a mínima de 12°C e máxima de 20°C.

De acordo com a equipe de monitoramento da Defesa Civil, não são esperados volumes de chuva significativos para os próximos dias. As equipes permanecem em monitoramento constante e, em caso de mudança das condições do tempo, novos alertas serão emitidos ao longo do período. A Defesa Civil orienta que a população fique atenta aos informes que podem ser enviados por SMS ou grupos de comunicação por aplicativo.

Para receber os avisos por SMS, basta cadastrar o CEP por meio de mensagem de texto para o número 40199. O acesso aos avisos também é possível por meio de grupos por aplicativo, através do link https://t.me/defesacivilpetropolis.

Profissionais do Instituto Científico e Tecnológico de Defesa Civil (ICTDEC) trocam experiências a partir de ações adotadas no município

O engajamento comunitário em ações de Defesa Civil, voltado para o fortalecimento de ações de prevenção e enfrentamento de desastres, foi o foco da dinâmica realizada pela Secretaria da Defesa Civil do município durante o curso Dimensão Social e Atuação Profissional em Situação de Desastres. A iniciativa foi desenvolvida pela Escola de Defesa Civil (ESDC), da Secretaria Estadual de Defesa Civil, por meio de encontro on-line. Cerca de 100 participantes - representantes de unidades de Defesa Civil de municípios de todo o Estado - conheceram um pouco do trabalho de formação comunitária desenvolvido em Petrópolis.

Para falar sobre o assunto a Defesa Civil contou com a participação de representante de um dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDEC), como exemplo do trabalho estruturado na cidade. “A melhor exemplificação do trabalho que construímos com as comunidades é representante local, falando da importância do trabalho em parceria entre a Defesa Civil e comunidades”, destacou o secretário de Defesa Civil, Tenente Coronel Gil Kempers.

Durante o encontro, foram apresentados os mecanismos utilizados no processo de formação comunitária na cidade. Para a criação dos NUDEC e Equipes de Acolhida foram realizados treinamentos presenciais e virtuais com os representantes das comunidades, em que foram discutidas questões locais, visando estabelecer maior participação local em questões relacionadas à Defesa Civil, como identificação de risco e atuação em situação de emergência.

“Toda a formação que construímos tem como foco a questão do pertencimento e da participação comunitária como base para as transformações que a comunidade necessita. Uma das marcas da Defesa Civil é a aproximação e integração com as comunidades para reduzir riscos de desastres”, destacou o gestor de projetos da Defesa Civil, Rodrigo D’Almeida.

A partir da atuação dos representantes locais por meio dos NUDEC a Defesa Civil consegue se antecipar em ações de prevenção. Além de treinamentos e orientações constantes, por meio de grupos de comunicação de aplicativo, a Defesa Civil mantém contato constante com os representantes dos NUDEC locais. Por meio desse canal, em situações de emergência, os representantes locais recebem orientações de segurança, até que os agentes de Defesa Civil e demais órgãos competentes cheguem no local

"Hoje mostramos que é possível a Defesa Civil e a comunidade trabalhar em conjunto. Agora recebemos em tempo real as informações sobre os alertas e mobilizamos a comunidade em situação de risco”, destacou a diretora do NUDEC do Vale do Cuiabá, Cristina Rosário.

A coordenadora do treinamento pela SEDC, a Tenente Coronel Gabriela Franco destaca a experiência que o município tem no estabelecimento de parcerias com as comunidades. “A nossa proposta é poder trabalhar com os profissionais e criar uma rede com esses profissionais para que possam atuar em uma situação desastre”, pontuou.

Instabilidade no tempo se mantém para a quinta-feira (12), com previsão de dia chuvoso

A previsão do tempo é de chuva fraca a moderada a noite para esta quarta-feira (11), informa a Defesa Civil. O dia será de céu parcialmente nublado, com previsão de ventos fracos a moderados. A temperatura varia entre 11°C e 24°C.

As condições do tempo podem permanecer instáveis na quinta-feira (12). A mudança do tempo se deve ao transporte de umidade pelo oceano, que poderá manter o dia chuvoso ao longo do período.

Equipes da Defesa Civil seguem de plantão e qualquer atualização meteorológica para o município será comunicada por meio de avisos e alertas, por SMS ou informes em grupos de comunicação por aplicativo.

Para receber os avisos por SMS, basta cadastrar o CEP por meio de mensagem de texto para o número 40199. O acesso aos avisos também é possível por meio de grupos por aplicativo, através do link https://t.me/defesacivilpetropolis.

Defesa Civil Municipal e Nacional trabalham em conjunto com especialistas japoneses para implantação de ações de prevenção em áreas afetadas

A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Japan Internacional Cooperation Agency - JICA) concluiu nesta sexta-feira (6), a primeira etapa do trabalho de análise de campo das áreas afetadas pelas chuvas de fevereiro e março. Os especialistas estiveram na cidade desde a última quarta-feira (4/5), com os técnicos do Ministério do Desenvolvimento Regional que, acompanhados pelas equipes da Defesa Civil do município, avaliaram os tipos de deslizamentos ocorridos na cidade. A medida visa realizar estudo técnico, em apoio à Prefeitura, para definir quais serão os mecanismos que serão usados para a recuperação e medidas de prevenção para as áreas danificadas pelos desastres.

“Quero agradecer a presença da JICA e do Ministério novamente na cidade em colaboração para a implantação de ações voltadas não só para a reconstrução, mas principalmente, com foco na prevenção. Esse trabalho é de grande valor e inclusive, vai contribuir muito para a revisão do nosso plano municipal de redução de riscos”, pontuou o prefeito Rubens Bomtempo.

Um dos objetivos da JICA na cidade foi avaliar a possibilidade de implantação do projeto SABO, que prevê a construção de barreiras, já utilizadas no Japão, para a retenção de fluxo de detritos em áreas com risco de deslizamento e minimizam os danos às edificações. Pela Região Serrana, o projeto está em fase de andamento em Friburgo e Teresópolis. Em Petrópolis, a partir do trabalho de campo realizado, as equipes técnicas vão estudar as melhores medidas a serem adotadas a partir do perfil topográfico das regiões afetadas.

“Antes de vir para cá observei muitas fotos e vídeos, mas ao chegar em cada localidade fiquei impressionado com a quantidade de encostas íngremes e perigosas que têm por aqui. E ainda, os desplacamentos rochosos são muito grandes e irregulares. Pude verificar a quantidade imensa de casas afetadas e percebi com profundidade o quão grave foi o evento que atingiu a cidade”, disse o especialista da JICA, Hideto Ochi.

Após conhecer os pontos afetados, o especialista ressaltou ainda a imprevisibilidade das ocorrências registradas. “Observei as localidades que se romperam e digo que seria difícil se prever o que aconteceria na cidade. Nesse sentido, pude perceber com mais clareza o quanto desafiador é fazer obras nas regiões atingidas, mas vejo que a cidade conta com equipes preparadas, que compreendem a situação das encostas daqui e fizeram análises pertinentes para cada localidade”, completou Ochi, destacando que por parte do Japão, há grande interesse em contribuir para o plano de recuperação da cidade.

Estudos visam não só a recuperação, mas medidas de prevenção para a cidade

Com as equipes da Defesa Civil do município, os técnicos da JICA e do MDR visitaram localidades que possuem o perfil topográfico para a implantação do projeto SABO. No entanto, especialistas avaliam demais projetos, estruturantes ou não, que podem ser adotados onde as barreiras não são adequadas. “Hoje tecnicamente, estamos tendo visão do que é trabalhar preventivamente, com estudos para construções que minimizem danos. Buscamos locais que nunca foram feitas essas estruturações que são prioridades nesse momento”, destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers.

“A partir desse trabalho vamos conseguir importantes avanços em ações de prevenção adequadas para cada localidade. Essa parceria com o Japão já nos rendeu avanços no passado e com certeza agora não será diferente”, pontuou o coordenador especial de Articulação Institucional, Rafael Simão, lembrando de parcerias anteriores com Projeto de Gestão Integrada de Desastres Naturais (Gides), implementado entre os anos de 2014 e 2017 no município.

Com 87% das ocorrências atendidas, equipes da Defesa Civil seguem em atuação diária por todas as localidades atingidas

Mais de 9 mil laudos de vistorias estão concluídos pela Secretaria de Defesa Civil de Petrópolis. Esse número representa 87% dos mais de 10,4 mil Registros de Ocorrências (RO) cadastrados desde o dia 15 de fevereiro, incluindo os dos desastres da chuva de março. Nos últimos 80 dias, as equipes de engenheiros, geólogos, tecnólogos e geógrafos do município trabalham diariamente com reforço no efetivo, para garantir celeridade no atendimento a todos os casos registrados em áreas de cerca de 60 localidades no município.

Diariamente, os 30 profissionais da Defesa Civil do município, se distribuem na realização de vistorias, elaboração de laudos e análises de áreas de risco. Nesta quinta-feira (5), 22 equipes vistoriaram 15 localidades, entre as quais o Floresta, Morin, Alto da Serra, Castelânea, São Sebastião, Quitandinha, Nogueira, Bingen, Centro, Siméria, Meio da Serra, Vila Felipe, Sargento Boening, Coronel Veiga e Valparaíso. Além das vistorias, as equipes contam ainda com o apoio do Departamento de Recursos Minerais (DRM), no suporte para a avaliação de áreas afetadas, com a demarcação de 277 polígonos de risco remanescentes.

“Estamos com nossas equipes técnicas inteiramente voltadas para o atendimento célere de todos os registros de ocorrências. Diariamente estamos em atuação nas áreas afetadas e vamos continuar com esse trabalho intensificado, inclusive aos fins de semana, para concluir todos os atendimentos referentes às chuvas”, destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers.

A maior parte das ocorrências foi por deslizamentos. Dos registros, mais de 7,9 mil foram por deslocamentos de massa e blocos de rocha. Ao todo, mais de 6,5 mil imóveis foram interditados. Os laudos técnicos podem ser retirados em atendimento na sede da Defesa Civil, que fica na Rua Buarque de Macedo, 128 – Morin ou solicitados por meio de cadastro no site https://www.petropolis.rj.gov.br/dfc/. O pedido para a realização de vistoria pode ser feito pelos telefones 199 ou pelo 2246-9281 e ainda por atendimento presencial na secretaria.

Trabalho visa avaliar quais as melhores alternativas de prevenção podem ser adotadas em áreas de risco na cidade

As equipes da Secretaria de Defesa Civil do município acompanharam, nesta quinta-feira (5), inspeção por áreas afetadas pelas chuvas de fevereiro e março. A ação ofereceu suporte ao trabalho da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Japan Internacional Cooperation Agency - JICA) e dos técnicos da Defesa Civil Nacional, por meio do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), que estão na cidade para análise dos danos causados pelos desastres das chuvas. Engenheiros, geólogos, geógrafos e técnicos analisaram o perfil das ocorrências registradas nas localidades da 24 de Maio, Rua Teresa, Morro dos Ferroviários, Vila Felipe e Caxambu.

A medida visa buscar soluções e recursos para a aplicação de projetos de recuperação de áreas e estabelecimento de medidas de prevenção em áreas de risco. A partir da análise de território, os especialistas da JICA buscam oferecer cooperação técnica para projetos de prevenção que podem ser adotados nas localidades. Um dos objetivos é avaliar a aplicação do projeto SABO, para a instalação de barreiras que retêm o fluxo de detritos em áreas com risco de deslizamento e podem minimizar os danos às edificações.

“Essa é mais uma importante cooperação para o município e estamos bastante otimistas com mais essa parceria técnica para garantir não só a recuperação, mas medidas de prevenção a desastres”, destacou o prefeito Rubens Bomtempo.

O trabalho das equipes do Ministério do Desenvolvimento Regional complementa as ações iniciais realizadas na cidade após os desastres e, a partir do acordo de cooperação técnica com a JICA se avaliam medidas eficazes para as áreas afetadas. “Nesse momento conseguimos entender a extensão dos danos e entender um pouco mais o fenômeno que deflagrou o desastre com o movimento de massa. A partir de agora temos outras perspectivas de avaliação junto com as equipes do município, em parceria com os especialistas do Japão”, pontuou o diretor do Departamento de Obras do MDR, Paulo Falcão.

Municípios como Teresópolis e Nova Friburgo já estão recebendo projetos estruturais com foco na prevenção de desastres. A partir da análise de campo realizada nesta quinta-feira (5) o especialista da JICA, Hideto Ochi destaca que, assim como as cidades vizinhas, Petrópolis apresenta características de movimento de massa específicas. “O nosso projeto tem foco no fluxo de detritos e pensamos no que pode ser possível a partir do tipo de evento que vimos por aqui. Pretendemos estudar essa área. Muitas localidades tiveram deslizamentos planares e precisam de obras em encostas. No que estiver ao nosso alcance, vamos ajudá-los a fazer esse plano de intervenções”, destacou o representante da JICA.

As equipes da Defesa Civil oferecem todo o suporte técnico para que os trabalhos tenham andamento. Além do acompanhamento com análise in loco nas áreas afetadas, todo o conteúdo técnico produzido desde o dia 15 de fevereiro, será disponibilizado para que as equipes façam os estudos necessários. “Estamos com nossas equipes empenhadas nesse trabalho de cooperação para que possamos evoluir em medidas de prevenção a partir do desenvolvimento de obras estruturantes que vão ajudar a mitigar riscos”, destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente coronel Gil Kempers.

Parceria entre município e governo do Japão pode ampliar mecanismos voltados para a identificação de riscos

A Prefeitura recebeu as equipes técnicas da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Japan Internacional Cooperation Agency - JICA) e do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR) com o foco no estabelecimento de novo acordo de cooperação técnica para a implantação de medidas de prevenção a desastres no município. Em encontro realizado na tarde desta quarta-feira (4), com a participação das equipes das Secretarias de Defesa Civil e Obras, além da Coordenadoria Especial de Articulação Institucional, foi apresentado um novo projeto, o SABO, voltado para a mitigação de desastres no Japão e que pode ser implantado no Brasil. A iniciativa visa a construção de barreiras para conter deslizamentos em áreas de risco.

Para a realização do estudo técnico voltado para a implantação do projeto, as equipes da JICA e MDR vão permanecer na cidade para percorrer as áreas mais impactadas pelas chuvas de fevereiro e março. A proposta é avaliar os locais afetados para entender o tipo de ocorrência registrada, em maioria por conta de deslocamento de terra, e estudar os melhores mecanismos de prevenção para cada localidade. Inicialmente, entre os pontos a serem analisados estão os casos de maior gravidade registados nas regiões do Caxambu, 24 de Maio e Alto da Serra.

“Estamos enfrentando a maior tragédia da história na nossa cidade e estamos muito esperançosos em fortalecer nossos vínculos novamente, pois precisamos lidar com essa realidade que antes não existia. Precisamos considerar esse novo padrão de chuva que afeta a nossa região e esse é um grande desafio”, pontuou o prefeito Rubens Bomtempo. Com a iniciativa, o município retoma o diálogo institucional com o Japão. “Essa é uma importante iniciativa para que se garantam ações e políticas públicas de médio e longo prazo”, complementou Bomtempo, destacando que o novo projeto tem muito a contribuir na implantação de soluções estruturais para a cidade.

Projeto Sabo cria barreiras em locais com mais risco a movimento de terra

O projeto, que já está sendo implantado nos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo, visa o estabelecimento de medidas para a redução de danos em áreas de risco. A ideia é replicar nos territórios avaliados estruturas como às adotadas no Japão, tendo em vista a semelhança das ameaças naturais que ocorrem no país. Por meio de barreiras permeáveis, feitas com tubos de aço e as não permeáveis, construídas com concreto, se objetiva reter o fluxo de detritos, sem impedir a fluidez da água. A medida diminui os danos que podem ser causados às edificações.

“Esses desastres acontecem há muitos anos no Brasil e há medidas robustas para a contenção. A nossa expectativa é que a nossa análise favoreça nos projetos de reconstrução da cidade. Conforme análise do material e da topografia de cada localidade, pode-se começar a pensar na construção dessas estruturas. Acreditamos que possamos mostrar nossa experiência e que algo seja útil para as obras na cidade”, destacou Hideto Ochi, chefe da equipe da JICA no projeto SABO.

Cooperação técnica para a prevenção de desastres

Esta será a segunda vez em que Petrópolis e Japão atuam, por meio do Ministério de Desenvolvimento Regional, para se estabelecer a cooperação técnica necessária para a prevenção de desastres. Para o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers é importante ampliar o conhecimento entre demais setores da gestão pública, para se entender as dificuldades que possibilitem mudanças e avanços para a gestão pública.

“Esse é o momento de fazer a virada e estamos começando muito bem com essa visão de trazer um conhecimento tão específico e peculiar para nossa cidade. É a primeira vez que pensamos em prevenção com obras estruturantes. Sempre se pensou em reconstrução, mas podemos avançar muito com obras com foco na prevenção. Esse é um trabalho que pode mudar de forma eficiente a gestão do desastre no país”, pontuou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers.

O coordenador especial de Articulação Institucional, Rafael Simão que foi um dos articuladores para mais essa a parceria entre o município e a Jica, destacou ainda a importância das ações realizadas anteriormente para o fortalecimento da cidade no que tange ações de prevenção e mitigação de riscos. “Que todo esse programa intersetorial possa estabelecer força necessária para reconstrução da cidade e tornar a cidade mais resiliente, com ações a médio e longo prazo”, considerou.

Projeto Gides possibilitou a identificação de riscos

Durante o encontro o prefeito lembrou de parcerias anteriores com o do Projeto de Gestão Integrada de Desastres Naturais (Gides), implementado entre os anos de 2014 e 2017 no município. Na ocasião, Petrópolis teve participação direta no projeto, executado pelo MDR, partir de treinamento e capacitação de equipes; de estudo de território para a identificação de áreas de maior riso a deslizamento; implantação de sistema de alerta e alarme; e estruturação de obras e planejamento. “Em 2014 estivemos no Japão a convite da Jica, fizemos o curso e conhecemos experiências em termo de prevenção e resposta a desastres. Agora queremos conhecer esse novo projeto para tentar contribuir para a implantação de soluções estruturais”, destacou o prefeito.

Ao longo desta quarta (4) pode haver registro de ventos de intensidade moderada, com rajadas fortes

Para esta quarta-feira (4/5), a previsão é de céu parcialmente nublado a nublado, com possibilidade de pancadas de chuva moderada a forte no período da tarde, podendo ganhar intensidade entre a noite até a manhã de quinta (5/5). De acordo com o Boletim Meteorológico da Defesa Civil, o município poderá ter registro de ventos moderados, com rajadas fortes no período. A temperatura pode variar entre a mínima de 16°C e 28°C.

A Defesa Civil segue no acompanhamento das condições do tempo para o município, que pode sofrer alterações ao longo do período, e atualizações serão enviadas se necessário.

O acompanhamento diário da previsão do tempo pode ser feito pelo Boletim Meteorológico, acessado pelo link https://bit.ly/3vmRgZ2 e disponível no site da Defesa Civil https://www.petropolis.rj.gov.br/dfc/.

Para receber os avisos por SMS, basta cadastrar o CEP por meio de mensagem de texto para o número 40199. O acesso aos avisos também é possível por meio de grupos por aplicativo, através do link https://t.me/defesacivilpetropolis.

Por meio da Secretaria de Defesa Civil, município recebe iniciativa voltada a estruturar cidades para a prevenção e enfrentamento de desastres

Com a participação de representantes de diferentes setores da gestão municipal, do Estado e entidades representativas, o governo municipal abriu nesta terça-feira (3/5), pela manhã, o evento Construindo Cidades Resilientes (Making Cities Resilient - MCR2030). A iniciativa, promovida por meio da Secretaria de Defesa Civil em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), tem como foco preparar a cidade para ampliar os mecanismos de prevenção e enfrentamento aos desastres socioambientais.

O trabalho desenvolvido visa a criação de um plano de resiliência local voltado para o fortalecimento de políticas públicas em Defesa Civil. Durante a abertura do evento, o prefeito lembrou da criação da Secretaria de Defesa Civil no município, ocorrida durante sua gestão anterior no ano de 2013.

O prefeito Rubens Bomtempo destacou a importância do trabalho integrado com todas as frentes do governo, que contribuiu para a recuperação da cidade após as chuvas deste ano. Em 20 dias após as chuvas de fevereiro, a cidade já tinha a acessibilidade restabelecida e passados quase 80 dias, aproximadamente 9 mil ocorrências já foram atendidas a partir de trabalho intensificado das equipes da Defesa Civil do município. Em todo o período, mais de 10,3 mil Registros de Ocorrências já foram recebidos pelo órgão.

“Viemos de uma época em que era necessária a criação de políticas públicas para o enfrentamento de desastres. Buscamos conhecimento, pesquisamos muito para estruturar a nossa cidade. Hoje estamos retomando essa discussão para a criação de mecanismos para tornar a nossa cidade cada vez mais resiliente”, pontuou o prefeito Rubens Bomtempo, lembrando que é a partir de trabalho de troca de conhecimento entre diferentes entidades, que o município conseguiu se estruturar no passado e vai se fortalecer agora.

O Secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers ressaltou a importância do trabalho integrado e o planejamento, envolvendo diferentes frentes de trabalho, para o alcance de um processo que resulte em mudança, com foco na prevenção de desastres. “Esse trabalho é fundamental para que possamos evoluir nossos protocolos de prevenção e enfrentamento a desastres. Com os recentes episódios verificamos que houve uma mudança no padrão da chuva e com isso, pode ser que criemos novas as formas de emissão de alertas”, pontuou o secretário, destacando que, assim como o estabelecimento de mecanismos, também se faz cada vez mais necessária a maior participação da população no entendimento do processo de prevenção e enfrentamento a desastres.

Evento insere diferentes setores no processo de prevenção e enfrentamento de desastres

Com a participação de representantes de diferentes setores do governo, a iniciativa desenvolvida pela ONU busca o estabelecimento de plano de resiliência que envolva diferentes setores, com o objetivo de tornar a cidade ainda mais preparada. De acordo com a coordenadora regional para Américas e Caribe, da iniciativa Construindo Cidades Resilientes 2030 das Nações Unidas, Adriana Campelo, a proposta é contribuir para que as cidades possam não só ter condições de atuar em situação de riscos, mas principalmente, se tornar mais prósperas e contar com maiores estruturas para a preservação de vidas.

“O que estamos fazendo aqui é um plano de resiliência, que integra vários setores da comunidade, para preparar as cidades às adaptações climáticas e construirmos cidades mais resilientes. O que se começa a fazer aqui hoje é um plano de trabalho, de atuação no curto prazo com o olhar para o longo prazo”, destaca Campelo, reforçando que Petrópolis é uma cidade que tem grande experiência em ações de prevenção a desastres.

Além da Defesa Civil, o evento contou com a participações e profissionais atuantes em áreas da gestão pública como Desenvolvimento Econômico; Meio Ambiente; Educação; Cultura; Coordenadoria Especial de Articulação Institucional; Obras; Saúde; Serviços, Segurança e Ordem Pública e ainda, representantes do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) e da Secretaria de Defesa Civil do Estado.

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